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Quando se comemora o octingentésimo sexagésimo primeiro aniversário de Tomar, lembrei-me que esta iniciativa de comemorar o dia de Tomar, em 1 de março de cada ano numa cerimónia protocolar, começou para mim em 2014, enquanto representante da CDU, eleito na Assembleia Municipal de Tomar. E esse dia significa fazer um discurso alusivo ao dia, e assistir à entrega das medalhas da cidade a pessoas e entidades a serem homenageadas. Ou seja, já lá vão 7 anos.
Este ano é assinalado de forma completamente diferente, devido à pandemia do COVID19, porque pré-gravamos o discurso para que no dia 1 de março, de forma digital, sem a presença das pessoas, que normalmente se encontram sentados nas cadeiras do Cineteatro, nos ouçam e por questão de delicadeza batam palmas.
Ao relembrar o discurso de há 7 anos, relembro que o assunto que referi na altura foi sobre a água, o Rio Nabão, e o riquíssimo património que estão sempre presentes em Tomar.
Isto porque a CDU no seu programa eleitoral de 2013, definia como sendo as potencialidades mais fortes do Concelho, o Património e a Água.
Apontávamos como prioritários, para abrir caminho e sustentar a dinamização da economia do Concelho de Tomar, cinco projetos, dos quais o segundo era: A Transformação da Área Cultural do Município num Eixo Estratégico para o Desenvolvimento Económico do Concelho, para que a transforme num efetivo fator de produção de riqueza, criação de emprego e fixação de população jovem no Concelho, teria de dar à Cultura/Património uma dimensão estrutural.
E, nessa perspetiva a Cultura/Património, segundo o programa da CDU devia ser pensada em estreita ligação ao Turismo, ao Desporto, à Educação e à Área Social.
Para planear, implementar e divulgar este eixo estratégico devia ser dado um efetivo apoio ao Movimento Associativo, numa primeira dimensão. Numa segunda dimensão, o apoio à implementação de uma área profissional na cultura, que iria alicerçar serviços de:
- Museologia e de Artes Plásticas
- Atividades Performativas, como a Música, o Teatro, a Dança, a Festa dos Tabuleiros, a produção de reconstituições de acontecimentos ligados à História de Tomar e em particular aos Templários.
Também apontávamos que para se obter sucesso neste eixo estratégico era essencial estabelecer a interação e ligação entre a Mata dos Setes Montes, o Castelo, o Convento de Cristo, o Aqueduto e as Ermidas de Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora da Piedade com a Praça da República e o Centro Histórico resolvendo os problemas de acessibilidade que ainda hoje se colocam entre o Convento de Cristo e a zona histórica da cidade.
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No programa da CDU apresentado há 4 anos, em 2017, que aproveito igualmente para relembrar, considerámos que havia três os eixos principais de trabalho que era urgente implementar.
- A qualificação dos serviços públicos prestados aos cidadãos do Concelho quer a nível dos especificamente decorrentes das competências do Poder Local (exemplo: cemitérios, limpeza urbana, recolha de resíduos, rede em baixa de distribuição de água e de saneamento ….) …
- A criação de condições que permitam a instalação e o desenvolvimento de forças produtivas no concelho que é condição decisiva para se criar emprego, atrair e fixar novos habitantes. Logo com a criação de um Gabinete de Apoio à Criação de Emprego e Captação de Investimento que promova as potencialidades do Concelho, preste informação aos investidores sobre incentivos municipais, organize iniciativas próprias ou funcione como elemento facilitador para outros agentes, que reforce a ligação entre empresários, entidades locais e sectoriais com influência na atividade económica.
- A reorganização e modernização dos Serviços do Município, porque consideramos que a estrutura orgânica do Município precisa de ser adaptada às necessidades operacionais da atividade do Município e em particular às que decorrem dos dois eixos de trabalho enunciados.
Hoje que se comemora o dia de Tomar pedimos para que reflitam, se efetivamente nestas áreas aqui anteriormente apontadas pela CDU, o trabalho foi realizado pelo executivo camarário?!!!
Sobre a forma de questões colocadas fica o lamento como conclusão:
- Sobre o primeiro de que falei, a água, o seu Rio Nabão? Poluição!!!
- Sobre o º a Cultura/Património com dimensão estrutural? Inexistência de estratégia!!!
- Sobre o º a qualificação dos serviços públicos prestados aos cidadãos do Concelho de Tomar decorrentes das competências do Poder Local? Não sendo um objetivo percebe-se a falta de investimento!!!!
- Sobre o º a criação de condições que permitam a instalação e o desenvolvimento de forças produtivas no concelho como condição decisiva para se criar emprego, atrair e fixar novos habitantes? Não se acompanha, não há interesse e as poucas fábricas e as empresas que existem vão fechando!!!!
- E por fim sobre o º a reorganização e modernização dos Serviços do Município a ser implementada tendo sempre presente que estes Serviços têm de funcionar a pensar nos munícipes e que a sua qualidade deve torná-los numa referência a nível do Concelho? Plano esse que não existe para o concelho!!!
Segundo a CDU, quando tudo isto for resolvido é que consideramos que o Património será o futuro de Tomar!
Tomar, 01 de março de 2021
Este texto resultou da intervenção da CDU para o dia 1 de março de 2021.
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