Portugal vive a “situação é muito aguda” e a mais “crítica desde a pandemia”. Quem o diz é o profissional de saúde do Hospital Garcia de Orta, Jorge de Sousa, que também antecipa que apenas no final do 2021 é que vamos “poder respirar de alívio” e “levantar a guarda”.
Tendo em conta a situação, o profissional de saúde relata que, devido aos números recentes da pandemia, “os hospitais são confrontados com um imenso aumento de doentes a internar, tanto em cuidados intensivos, como em enfermaria”.
“Nenhum sistema está preparado para esta avalanche de número de casos e doentes. As outras patologias ainda existem, estamos claramente a ser incapazes de responder além da Covid”, continua. E uma das consequências que ocorreram por causa do aumento de internados foi, por exemplo, a falha de oxigénio que ocorreu no Hospital Santa Maria. “Nenhum hospital está preparado para esse volume de doentes“, diz.
Para melhorar a situação nos hospitais, considera que os médicos e enfermeiros “estão dependentes do que a sociedade pode fazer para evitar contágios”. Assim sendo, afirma que o “confinamento é essencial”, para “diminuir novos casos e por conseguinte “diminuir o número de doentes”. É, assim, imperioso que as pessoas tenham o “máximo de cuidado” e que se “protejam”.
Relativamente à vacinação, Jorge de Sousa considera que “as velocidades nos países europeus são relativamente semelhantes”. E diz que “Portugal tem estado bem” no processo de administrar vacina: “O ambiente hospitalar está bem organizado, assim como os lares”.
A recuperação do país está dependente da vacina, mas o profissional antevê que apensa no “final do ano” é que Portugal poderá “levantar um pouco a guarda” e “respirar de alívio”.