Tomarenses têm-se mostrado indignados com o estado do Rio Nabão após descargas poluentes. Câmara de Tomar quer resolver o problema e apresenta proposta de projeto
A poluição do Rio Nabão não é um tema novo. É um problema que dura há décadas, como a Câmara de Tomar refere em comunicado: “Há décadas que o Rio Nabão tem sido alvo de episódios de poluição”. A Câmara aponta 4 possíveis origens destes atentados, sendo elas: um conjunto de empresas (11) identificadas pela APA em toda a bacia do Rio Nabão, a ETAR de Seiça (apontada como a principal responsável pelas descargas poluentes após dias chuvosos), a não existência de sistemas separativos de águas e a própria morfologia do terreno com muitos alagares.
A Câmara revela que foi efetuado um estudo pela Tejo Ambiente, apontando soluções técnicas para a resolução dos problemas. Em causa, está um investimento que ascende aos 22 milhões de euros. “O estudo com um grau de maturidade de anteprojeto, está em condições para evoluir para projeto de execução e posteriormente empreitada”, escreve a Câmara de Tomar no comunicado.
A intervenção resultante do estudo efetuado pela Tejo Ambiente tem como objetivos dotar o território de capacidade competitiva e sustentável, diminuir a pressão sobre as massas de água, garantir os caudais ecológicos no suporte dos ecossistemas e potenciar o desenvolvimento sustentável do turismo.
Este domingo, dia 21, o Rio Nabão voltou a ser alvo de descargas poluentes, tendo a ETAR de Seiça sido apontada como a responsável pelo atentado ao nosso rio. Já vem sendo habito que após dias de chuva intensa o rio seja alvo de descargas poluentes resultantes do despejo dos esgotos diretamente no seu caudal.
Os tomarenses voltaram a indignar-se nas redes sociais com imagens que ilustravam o estado lastimável em que o nosso rio se encontrava.