O vereador da proteção civil de Torres Novas, Carlos Ramos, foi vacinado sem pertencer a nenhum prioritário. Justificou a toma por haver “sobras” e por não existir mais ninguém para tomar a vacina no momento.
Carlos Ramos tomou a vacina, dado que sobraram doses do imunizante após utentes, funcionários de lares, bombeiros terem sido inoculados. Dado que não podia ser administrada a mais ninguém, foi o vereador socialista que a tomou, que também justifica que o fez no momento, dado não haver, no momento, critérios para aplicar imunizantes que sobrassem. “Não ocupei o lugar de ninguém”, justifica ao Observador.
Pedro Ferreira, presidente da Câmara de Torres Novas, disse que o assunto ia ser analisado, mas salientou que é “da responsabilidade e consciência de cada um”. e que não houve qualquer interferência da Câmara Municipal no processo, sendo a toma da “responsabilidade e consciência de cada um”.
Segundo Pedro Ferreira, a questão da vacinação do vereador vai ser analisada “em breve”, numa reunião da concelhia socialista, partido pelo qual foram ambos eleitos, no sentido de “perceber o que aconteceu e porque aconteceu”.
Só depois dessa reflexão, o partido e o presidente da câmara se irão pronunciar, do “ponto de vista político”, independentemente do facto de Carlos Ramos ser um vereador “interventivo e com provas dadas”, referiu.
O autarca disse apenas lamentar que não tenham sido definidas, logo de início, as regras a aplicar sempre que sobram vacinas, tendo havido, um pouco por todo o país, o aproveitamento de sobras, com casos mais e menos claros, de forma a que nenhuma fosse desperdiçada.
Com Agência Lusa