Opinião. A tecnologia e as novas formas de “amar”
Foto: Filipe Matos/TomarTV
Está a chegar o dia dos namorados, Sara Sequeira (colunista da Tomar TV) fala-nos sobre amar no tempo em que tudo é tecnológico.
Há quem namore à janela, há quem dite poemas, há quem cante músicas. Mas em 2020, o amor parece estar entre um deslizar para a direita. Mas afinal, ainda se sabe conquistar? Ou será que o amor se esconde nas inúmeras aplicações que temos no telemóvel?
Tenho 27 anos e uma dificuldade tremenda em acreditar no amor. Parece que todas as pessoas se preocupam com o meu estado civil à medida que me aproximo dos 30. Isto é transversal a todos nós, homens ou mulheres.
– Então, mas ainda não namoras?
– Com esse feitio, é normal.
– Não podes ser tão exigente no que toca ao amor.
– Mas tu não acreditas no amor?
Talvez eu acredite no amor, mas não acredito nas pessoas. As redes socias trouxeram-nos muita coisa boa, mas também, muita coisa má. A tecnologia tem uma capacidade incrível de dar uma ideia de proximidade completamente distorcida. Seguimo-nos uns aos outros, distribuímos “amor” em forma de likes, e conseguimos trair com a maior facilidade de todos os tempos. Quantas mensagens recebi, e meses depois apareceu no feed fotos do casamento dessa pessoa? Ou do noivado? O número de abordagens que recebo de pessoas comprometidas chega a ser deprimente. O pior é que em 80% dessas abordagens e mesmo conhecendo essas pessoas, não consegues distinguir quem é comprometido ou não. E acabas por cair na mesma conversa com o final trágico do: “queres vir ver um filme cá a casa”. Até que isso se torna num código para: vamos para a cama! Perdi a vontade de conhecer pessoas novas… porque nesta selva de desejos, a honestidade matou-se por falta de vergonha na cara.
Aplicações como o tinder, estão cheias de pessoas comprometidas cheias de vontade de dar uma facadinha na relação. Esta não é de todo a minha definição de amor. Perguntaram-me á pouco tempo, o que leva um homem a trair num relacionamento bom, saudável e em que ama a namorada. A minha resposta é clara: o amor exige respeito, se existe traição, não existe respeito, consequentemente não existe amor.
É tão fácil trair que fiquei com a certeza de uma coisa: o amor é para os fortes.
É tão fácil ter sexo que a conquista morreu e a nossa exigência morreu com ela.
Chateia conhecer pessoas novas. A pessoa diz olá e já começas a revirar os olhos. Porque dos 500 olá que se dividem entre o Facebook e instagram, parece que nenhum se destaca. E a certeza de que aquele olá é enviado a mais 30 raparigas é quase certa. Essa falta de empenho, de mistério, de interesse leva ao consumismo de sexo fast food.
É, o amor é uma cena lixada!
Sara Sequeira
Colunista da Tomar TV
É o que faz não conhecer pessoas de jeito, mas sim fotocópias de fotocópias. Chega a ser deprimente e ridículo!
Mas eu também como sou exigente, raramente dou hipóteses.
E força nessa procura, mas mais fácil seria encontrar o Santo Graal guardado no Convento de Tomar!
As redes sociais são verdadeiros campos minados onde actuar de forma errada está ultra facilitado (assim como o bloquear tudo o que mexe e não se gosta).
O que leva um homem a trair? A mulher não conseguir despertar no espírito do Homem a vontade totalmente natural de a respeitar e de a ter a seu lado como alguém digno de verdadeiro respeito, não aquele aquele respeito que se ganha mas aquele respeito que se sente desde o primeiro momento, até mesmo antes de se ver a pessoa, basta a sua proximidade, seu campo energético magnético é compatível com o nosso próprio campo energético magnético.
Obviamente um Homem quer: uma Mulher, não meninas, não cachopas, e claro que não quer porcalhonas (tipo andarem nuas ou semi-nuas e exporem-se dessa maneira).
Para atrair o que se quer, tem de se ser o que se quer atrair… fica a dica.