O Movimento Fátima a Concelho vai apresentar o processo para a criação do concelho na Assembleia da República em dezembro, mais precisamente na primeira quinzena. A iniciativa assenta na Lei nº142/85 , de 18 de novembro, que aprova a Lei -quadro da criação de municípios. Foi também desenvolvido um documento com 120 páginas que demonstra a sustentabilidade dos municípios de Fátima e Ourém , após a desagregação. De acordo com Cecília Oliveira, coordenadora do movimento, toda a legalidade é cumprida , como os requisitos quantitativos e qualitativos.
A vontade popular acompanha os desígnios do movimento. Após uma sondagem realizada , com recolhas efetuadas tanto na sede como em vários locais , junto de pessoas com proximidade real face ao município, numa amostra válida de 2180 assinaturas , 98,02% considerou que Fátima deve ser elevada a concelho.
A luta pela criação do concelho de Fátima tem raízes antigas, iniciando-se em 1988 com a deliberação da Assembleia de Freguesia e a criação de uma comissão pró-concelho. Desde então, o tema regressou várias vezes ao Parlamento, nomeadamente em 1991, 1997 e 2003, ano em que a proposta foi aprovada por unanimidade, mas vetada pelo Presidente Jorge Sampaio. Apesar dos reveses e da desilusão local que se seguiu, o movimento manteve viva a ambição de ver Fátima reconhecida como município.
