O movimento assegura o incumprimento da Convenção de Albufeira após a confirmação de dois dias de caudais zero vindos de Espanha, três dias com caudais diários abaixo de 1 hm³ ,além de variações bruscas até 500 m³/s entre dias consecutivos no verão.
A Convenção de Albufeira fixa volumes mínimos anuais e trimestrais a transferir para Portugal, mas não estabelece um caudal diário contínuo. O movimento considera que esta lacuna põe em causa a saúde do ecossistema e defende a aplicação de um caudal ecológico, como previsto na Diretiva Quadro da Água da União Europeia.
O proTEJO questionou a Comissão Europeia sobre a adoção de medidas para garantir caudais ecológicos no Tejo e sobre a necessidade de revisão urgente dos planos de gestão da bacia hidrográfica em Portugal e Espanha.
Não é a primeira vez que o movimento de cidadania em defesa do Tejo alerta para uma situação semelhante. Em 2020, foram reportadas situações de caudal zero ou próximo de zero na fronteira. Há também um longo historial de conflito luso-espanhol na gestão do rio, nomeadamente as acusações portuguesas de descargas ilegais na barragem de Cedillo ou os caudais extremamente baixos durante a seca severa de 2017, que motivaram um pedido de explicações do Governo português a Espanha.