Naquele que foi já considerado pelo primeiro-ministro, António Costa, como o pior dia em termos de temperaturas elevadas no país, em Pombal continuam ativos esta quinta-feira dois incêndios.
Com as chamas sem darem tréguas, com os constantes reacendimentos, o presidente da Câmara de Pombal veio já alertar para a situação preocupante, num cenário em que os operacionais no terreno começam a dar sinais de exaustão.
“Em termos de meios, aquilo que eu sinto, daquilo que percebo, que estou aqui no terreno junto do comandante [dos Bombeiros Voluntários] de Pombal, é que os nossos bombeiros estão muito exaustos. Há aqui bombeiros que estão há dois, três dias, quase consecutivos, no teatro de operações”, disse à agência Lusa o autarca de Pombal, Pedro Pimpão.
Reconhecendo que os bombeiros estão a fazer tudo o que está ao seu alcance para evitar que as “reativações possam assumir dimensões ainda mais preocupantes”, Pedro Pimpão insistiu que a situação no concelho se mantém “muito preocupante”.
“Durante a noite/madrugada, a principal preocupação prendeu-se com a localidade de Barrocal, uma vez que a frente de incêndio direcionou-se para o Barrocal. Tivemos, com a ajuda dos militares da GNR, de retirar pessoas de casa e garantir a sua segurança”, declarou o presidente do Município de Pombal.
O autarca pediu ainda para que, “havendo possibilidade de reforço de meios, naturalmente, será preciso, até para ir rendendo os operacionais” que estão no terreno e que “vão estando cada vez mais exaustos”.
Recorde-se que em Vale da Pia, freguesia de Abiul, o incêndio deflagrou por volta das 15h00 de sexta-feira, tendo alastrado ao concelho vizinho de Ansião.
Também na localidade de Barrocal, na serra de Sicó, deflagrou um fogo na terça-feira à noite. Neste momento, 137 operacionais de 32 meios terrestres no combate a este fogo.
c/Lusa
