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Tomar comemora a 1 de março mais um feriado municipal. 861 anos de história. Este é o dia de todos os tomarenses e o momento para evocar o início da construção do castelo pelo mestre Gualdim Pais, no ano de 1160. Todos devemos ter orgulho na nossa História templária e dos mestres que nos antecederam. Tomar, sede das Ordens do Templo e de Cristo e teve no Infante D. Henrique um dos responsáveis pelo seu crescimento, sendo um concelho rico na sua história e património, da sua Sinagoga, à Igreja Santa Maria dos Olivais, do Aqueduto dos Pegões à Igreja de São João Batista, sem esquecer o nosso ex-libris, o Convento de Cristo, Património Mundial pela UNESCO, joia ímpar na cultura do mundo ocidental.
Sublinho igualmente a História das nossas freguesias, entre elas duas que já foram sede de concelho, no caso Asseiceira e Paialvo.
Devemos olhar para o passado, ter memória, é essencial para nos construirmos enquanto sociedade, compreendermos o presente, e projetarmos o futuro com Esperança.
Na comemoração deste dia a 1 de março de 2020, já as notícias sobre o que aí vinha pairavam no ar, mas todos estávamos longe de imaginar o que se iria seguir. No dia seguinte tivemos o primeiro caso positivo confirmado no nosso país, e em pouco tempo seriamos remetidos a uma experiência dolorosa enquanto sociedade que foi o grande confinamento. Tivemos que aprender a viver de novo, sob muitos aspetos.
Nesse sentido, quero dar uma palavra para todos os tomarenses que sofreram e sofrem com a pandemia. Às famílias enlutadas, o meu sincero luto e condolências. Aos que estão doentes, os votos de uma rápida recuperação, e a toda a sociedade tomarense um desejo de que mantenham a esperança em dias melhores porque eles vão chegar. Esperança é a palavra que agora temos de sublinhar porque sem esperança não se consegue vislumbrar o futuro.
Todos reconhecemos que o ano que passou foi de dificuldades económicas e sociais em todo o mundo e o nosso concelho não foi exceção. Queria por isso, saudar todos os empresários do concelho pela sua resiliência, mesmo sabendo que os apoios nunca chegam para todas as necessidades, mesmo sublinhando o papel ativo do município no apoio nomeadamente na atividade comercial.
Aos profissionais de saúde penso que merecem a nossa justa homenagem. Foi um ano em que o Serviço Nacional de Saúde mostrou que, mesmo com todas as suas fragilidades, é fonte de igualdade e um garante de respostas positivas. Uma palavra para as nossas IPSS, que tiveram de saber contornar as dificuldades. A exigência destes tempos assim o determinou e todos corresponderam.
Tomar é um concelho com todos os graus de ensino, o que faz de nós uma oportunidade para mostrar que ninguém fica excluído do ensino, independentemente das suas condições sociais e económicas. Alunos, pais e professores tiveram de encontrar uma nova escola cheia de desafios, e aqui temos de combater as desigualdades, e garantir que nenhum estudante é discriminado. O objetivo foi superado.
Este foi igualmente um ano muito difícil, para setores como a cultura e o desporto que cessaram por completo as suas atividades. As nossas associações, algumas delas centenárias, vivem dias difíceis e em suspenso, e cabe-nos a todos nós, mas aos poderes públicos em primeiro lugar de dotar esses apoios.
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Tomar é um concelho de todos. Dos que cá nasceram, dos que escolheram este concelho para viver, daqueles que aqui trabalham e ajudam ao desenvolvimento local, mas também daqueles que nos visitam. Todos são bem-vindos em Tomar.
Mas de pandemia, infelizmente, estamos todos fartos e outros temas estão no nosso presente e futuro.
A despoluição do Nabão, que tanta indignação tem causado porque nos toca umbilicalmente, é um assunto que deve unir todos os tomarenses e forças políticas. É um problema com demasiado tempo para não ser resolvido, obviamente transversal a outras situações no país e na região. Devemos unir-nos e trabalhar para a sua solução.
Tomar é um concelho cheio de oportunidades e de futuro. Um concelho que nas suas 11 freguesias está cheio de oportunidades que devem ser agarradas.
Tomar é um concelho em mudança, como demonstram as obras em curso e quase na reta final, destacando a da Várzea Grande pela importância e impacto que tem no concelho e que nos mostra uma nova praça nabantina.
Acredito que o período pós pandemia leve ao desenvolvimento económico e social do concelho, com o turismo a voltar a crescer e o setor empresarial a se fixar. Tomar tem uma capacidade para inovação que deve ser aproveitada e trilhada.
Os tempos ainda vão ser difíceis até ao controlo da pandemia. Esperemos que seja mais tarde do que cedo. Protejam-se e, mais uma vez, deixo a minha solidariedade a todos que sofrem por esta pandemia. Termino com a palavra que a todos nos deve mover: Esperança.
Parabéns Tomar pelos 861 anos de história, que a todos nos enche de orgulho.
Hugo Costa
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