O reordenamento das cidades e dos territórios após as alterações sociais e tecnológicas provocadas pela pandemia, e quando se esperam os investimentos da bazuca europeia, são temas para uma conferência em Lisboa, de 17 a 19 de fevereiro.
A conferência internacional ‘Grand Projects – Urban Legacies of the Late 20th Century’, organizada pelo Dinâmia’Cet- Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, irá discutir a forma como a transição digital, o teletrabalho, a diminuição dos fluxos casa-emprego, as novas exigências logísticas e as futuras infraestruturas de transporte irão determinar a restruturação das cidades e o reordenamento do território numa nova etapa da economia portuguesa.
Numa altura em que o objetivo é a recuperação da crise, e quando se esperam as verbas da ‘bazuca’ da União Europeia, é fundamental pensar e discutir políticas públicas “que concebam, integrem e articulem os investimentos que serão feitos até 2030”, à semelhança do que Portugal fez aquando da Expo’98, cujo modelo influenciou grandes transformações urbanísticas, nomeadamente a partir do programa Polis, disse Paulo Tormenta Pinto, coordenador da conferência e professor do ISCTE.
“Aquilo que nós pretendemos com este congresso é colocar lado a lado as experiências dos últimos 20 anos, protagonizadas e desencadeadas pelo laboratório da Expo’98 e dos grandes eventos e, por outro lado, perceber como é que os novos desafios que se colocam atualmente, depois da crise sanitária e da crise ambiental, se projetam no futuro das cidades e dos territórios”, disse.
De acordo com o especialista, são esperadas alterações estruturais na sociedade e na forma de conceber o funcionamento das empresas, a mobilidade de pessoas, dos bens e dos serviços, assim como ao nível da habitação, dos transportes e da ocupação do espaço público em geral.
Com Agência Lusa