Desde o passado dia 18 de maio, que os Museus poderão abrir as suas portas ao público, após o período de confinamento social.
Neste sentido, a Rede de Museus do Médio Tejo elaborou um documento que congrega um conjunto de recomendações de boas práticas no campo da museologia.
Nesta primeira fase de desconfinamento, a Rede de Museus alerta para um conjunto de recomendações a ter em conta, entre as quais:
– Inexistência de programação de incentivo às visitas presenciais;
– Redução dos horários de abertura ao público, evitando-se o fim de semana para não promover ainda a saída de casa e em grupos;
– Manutenção do teletrabalho para o máximo possível de funcionários;
– Rotatividade das equipas que fazem acolhimento de público;
– Manutenção dos contratos de prestação de serviços (eventualmente ajustando as tarefas às condições atuais), a investigadores, mediadores (serviço educativo, por exemplo) ou outros profissionais dos setores Cultura e Ciência que colaborem com o museu/núcleo/sítio;
– Cumprimento das eventuais necessidades de desinfeção dos espaços e das coleções;
– Garantia da realização dos procedimentos de higiene antes da entrada nos espaços e durante a permanência e cumprindo o distanciamento social dos visitantes e funcionários;
– Interdição das visitas de grupo e redução do número possível de visitantes em permanência nos espaços, de acordo com as normas e com as possibilidades reais de cada lugar;
– Manutenção de todos os mecanismos de comunicação web;
– Reflexão sobre a atividade dos serviços educativos: será importante rever as práticas dos serviços educativos de cada museu/núcleo/sítio para uma nova abordagem na fase de desconfinamento e nas seguintes, garantindo sempre o cumprimento da função social do museu;
– Garantia do cumprimento das funções museológicas (salvaguarda, estudo e comunicação) e da missão de cada um dos museus/núcleos/sítios.
O documento orientador é dirigido a todos os equipamentos museológicos, museus, núcleos museológicos, sítios patrimoniais e coleções visitáveis presentes no nosso território, tutelados por entidades públicas, privadas, mistas e de cariz associativo, tendo por base as recomendações internacionais do ICOM-Portugal e da Direção-Geral do Património Cultural.
Por último, propõe-se que seja mantida uma contenção na reabertura dos espaços museológicos e sítios patrimoniais do Médio Tejo até ao dia 19 de junho de 2020.
A partir desta data, sugere-se que as instituições possam vir a colocar em prática novas medidas que acompanhem as necessidades das equipas, das comunidades locais e do turismo interno durante o verão de 2020.
No mesmo documento, é ainda possível ler-se que cabe a cada instituição decidir sobre as suas reais condições para a abertura ao público, tendo em conta as melhores condições de segurança sanitária para funcionários e visitantes.