Hugo Costa. “O desafio das respostas”

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A pandemia de Covid-19 é, seguramente, o maior desafio que já vivemos como sociedade. Antes de mais, este é o momento de responder ao problema de saúde pública que vivemos. Este é um vírus extremamente contagioso que pode atingir todos com consequências graves, principalmente os que são dos grupos de risco. E isso só pode ser evitado através do cumprimento das normas da DGS – Direção Geral de Saúde, tais como o isolamento social e lavar bem as mãos.

Para além destas medidas, temos todas as decorrentes do Estado de Emergência, nomeadamente os condicionalismos impostos na circulação automóvel e nos estabelecimentos comerciais que, não sendo de bens essenciais, viram as suas portas encerradas. Portugal foi um país que soube reagir rápido sendo que os resultados de saúde estão a ser positivos mas isso não pode retirar a todos nós a responsabilidade que é exigida e que deve continuar a ser levada em conta, a bem de todos. Como já escrevi, neste momento, todos somos agentes de saúde pública.

Ao mesmo tempo, importa responder à crise económica e social que esta situação de pandemia provocou. As empresas, tendo como obrigação a manutenção dos postos de trabalho e do tecido empresarial, tem à sua disposição o mecanismo do lay-off simplicado (com uma responsabilidade partilhada do salário dos trabalhadores), um sistema de empréstimos (previsto, para já, em 3 mil milhões de euros) e o adiantamento de fundos comunitários. Medidas que serão certamente todas insuficientes mas que podem tranquilizar um pouco o receio de um futuro incerto. O impacto económico será elevado mas estas medidas vão no caminho certo. Também as medidas tomadas, na banca, de mora nos créditos e no arrendamento aliviam muitos que devem continuar a concentrar a sua atenção no mais importante: resguardar a sua saúde e a dos próximos.

Em relação às famílias, para além do apoio atribuído no período em que, com escolas fechadas, se cuidam de crianças e dependentes, existe um mecanismo de mora no crédito da habitação e no arrendamento que as auxilia em termos orçamentais. Estas são medidas importantes na devolução de confiança e esperança aos portugueses.

Este ainda é o momento  de nos debruçarmos sobre as questões de saúde embora a economia e os impatos sociais também devam estar no centro das decisões pois igualmente preocupam muitos portugueses. Ninguém consegue estar tranquilamente em situação de confinamento com a incerteza de ter dinheiro ou não para pagar as suas contas. É preciso que cada um faça a sua parte e também que se deposite confiança nas instituições e em quem está ao comando desta situação pandémica, que tão cedo não sairá da nossa memória colectiva. Que a esperança prevaleça até que possamos, de novo, regressar ao que ambicionamos.

Hugo Costa 
Colunista da Tomar TV
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