O artista que está a pintar murais em Tomar está a ser acusado de insultar e derramar um café no jornalista tomarense José Gaio.
A informação foi avançada à Tomar TV por uma testemunha e confirmada pelo próprio José Gaio, que não apresentou queixa às autoridades por considerar que “não vale a pena”. A Tomar TV falou também com João Maurício, que garantiu que as informações não são verdadeiras. O artista chegou mesmo a questionar “quem é o José Gaio?” e acabou por desabafar: “É engraçado como procuram mediocrizar o meu trabalho.”
“[O café] atingiu-me o cabelo, a camisa, as costas e o pescoço”, garante, em contrapartida, José Gaio, em declarações exclusivas à Tomar TV. “As ofensas que proferiu contra mim e essa agressão de atirar café contra mim gerou revolta nas pessoas ao ponto de também se envolverem na situação”, sublinhou, acrescentando que “gerou-se uma grande confusão, com pessoas a empurrarem-se e cadeiras no ar”. Já uma testemunha, que não quis ser identificada com receio de represálias, indica que “não houve ofensas corporais porque não calhou”.
Violant tem vindo a pintar murais em Tomar, trabalhos autorizados e apoiados pela Câmara Municipal de Tomar e pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo no âmbito do projeto “Caminhos”. Não é a qualidade dos trabalhos que tem sido posta em causa mas sim a localização, junto ao rio Nabão e numa das paisagens mais emblemáticas da cidade, o que colocou o mural “Velhos do Restelo”, que ilustra três idosos com ar ameaçador, no centro de uma polémica.
Num dos artigos, José Gaio escreve que nem João Maurício terá concordado com a localização, o que a Tomar TV não conseguiu confirmar. O jornalista e antigo diretor do jornal O Templário escreve ainda que “nas redes sociais, os tomarenses, de uma maneira geral, condenam a escolha do tema ‘Velhos do Restelo’ para aquele local”.
Noutro artigo publicado no Tomar na Rede, José Gaio avançou que a PSP terá interpelado o artista perto da parede junto à rotunda sul da cidade de Tomar por não ter informação de que aqueles trabalhos eram autorizados. Segundo o artigo, o artista teve de solicitar ajuda aos promotores da iniciativa para evitar complicações com os agentes.
Não está em causa o tema da pintura nem mesmo o talento do pintor mas sim, o motivo que levou João Mauricio (Violant), a expressar a sua “raiva” pelo local escolhido pela Câmara Municipal para este poder dar azo à sua imaginação. A ser verdade este fato e, o fato do mesmo ter agredido João Gaio da Tomar na Rede, apenas e só por este ter colocado no seu Blog, uma mera critica ao trabalho exposto, revela bem a personalidade do pintor e, neste sentido e como tomarense, acho uma aberração a pintura versus local, pelo que a Câmara Municipal devia intervir de uma forma eficaz e nada melhor que, usando os meios que tem ao seu dispor, mandar pintar a referida parede de forma a voltar ao seu estado original.